Será que aquele que se exibe demonstra arrogância? Ou será que aquele que reconhece seu valor demonstra confiança? Infelizmente, arrogância e confiança são confundidas pela maioria das pessoas.
A modéstia perdeu o seu conceito original, e é usada hoje como desculpa para que as pessoas não reconheçam o seu valor.
Como fica um brasileiro modesto no exterior, num país estrangeiro de cultura mais objetiva (e por ser objetiva, menos habilidosa em jogos sociais)? Como nessas culturas o que se diz é levado a sério, se alguém diz: O meu bolo não está bom, foi feito aí pressas, o estrangeiro simplesmente acredita, e ele, na sua ingenuidade, come o bolo já condicionado a não gostar. E talvez até diga: É, você tem razão, o que, sem dúvida, vai ferir os sentimentos de quem fez o bolo, pois a pessoa sabia que o bolo estava bom. Tudo isso poderia ser evitado se houvesse mais clareza e objetividade na comunicação.
O homem de sucesso não faz o jogo da modéstia, porque ele tem mais facilidade em reconhecer o seu próprio valor. Assim, ele é mais claro na sua comunicação, e não depende de outros para reconhecer as suas qualidades.
Logicamente, num país onde a grande maioria faz o jogo da modéstia — onde as pessoas, por hábito, se autodesvalorizam para serem reconhecidas pelos outros — não se está acostumado a presenciar manifestações de autoconfiança. Assim, todo aquele que reconhece o seu valor é visto como "convencido", como "arrogante". Porém, existe uma enorme diferença entre arrogância e confiança.
O arrogante, sem que seja solicitado, exibe sempre que pode qualquer vantagem que tenha. O que faz com que o arrogante se exiba tanto é que em alguma área de sua vida ele se sente muito fraco e por isso sente que deve compensar. O arrogante precisa de reconhecimento desesperadamente, caso contrário, ele perde sua sensação artificial de ser uma pessoa de valor. Ele se torna como a planta frágil que balança com qualquer leve brisa. Ou seja, a opinião de qualquer pessoa consegue afetar a pessoa arrogante, e "balançá-la". Assim, o arrogante é uma pessoa instável.
O confiante é simplesmente aquele que conhece o seu valor e vê isso naturalmente, ele não precisa usar o seu valor para se impor a ninguém. O confiante é equilibrado. A pessoa confiante recebe um elogio com naturalidade, mas a pessoa modesta tem dificuldades em recebê-lo.
Se alguém diz: Você é o máximo na sua área!
Bondade sua — responde o modesto, ou
Só você que acha, ou
Não sou não, é impressão sua, ou
Eu? Você que é o máximo!
Observe que, nestas respostas tão comuns, a mensagem é a mesma: Eu não sou o máximo. O modesto não aceita a sua valorização, e joga o poder de volta para o outro (Você é que é o máximo, Bondade sua). Faz-se isso tão automaticamente que nem se nota quantas vezes por dia se minimizam os elogios que recebe, e depois reclama-se que não recebe reconhecimento de ninguém.
Você consegue ver uma pessoa de muito sucesso sendo alguém que não se valoriza? Claro que não! Parece até contraditório. Sucesso está intimamente ligado à capacidade de reconhecermos o nosso valor em qualquer área de nossa vida, mesmo aquelas que parecem insignificantes.
A sensação de poder do arrogante é artificial, a sensação de poder do confiante é real! Aquele que
joga o jogo da modéstia vive na sensação da impotência. Aquele que é confiante vive na sensação de poder próprio.
Fonte: Trechos do livro “Manual do Sucesso Total”, de Rhandy Di Stéfano.
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