quinta-feira, 13 de maio de 2010

A comunicação íntegra como fator chave da confiança.

A relação de confiança que construímos com alguém, pode ser entendida metaforicamente como um grande balde enchido com água a conta-gotas. Cada gota adicionada ou derramada está relacionada a comportamentos que fortalecem ou enfraquecem esta relação. Em situações extremas de desconfiança, é como se alguém “chutasse o balde”! Por causa de uma única ação destrutiva, pode-se simplesmente nada mais ter dentro dele. E o pior, em alguns casos pode-se perder por completo a possibilidade de se encher novamente.

No trabalho que desenvolvo como Coach e facilitador de capacitações de liderança, tenho observado que problemas de comunicação são os principais obstáculos nas organizações e nos relacionamentos em geral, no que tange o fator confiança. Quando os colaboradores ouvem mentiras de seus líderes, tendem a tornar-se céticos e cínicos, algo muito parecido com a reação às declarações de políticos corruptos. Da mesma forma a mentira por parte do colaborador afeta diretamente no “balde de água” da relação com seu líder, que passa a não confiar em seu comportamento. As duas situações geram maior custo e tempo perdido à empresa.

Um estudo da Mercer Management Consulting de 2005 com mais de 800 empresas nos EUA relata que apenas 40% dos colaboradores acreditam que seus líderes se comunicam honestamente, ou seja, seis em cada dez liderados não acreditam que seus líderes dizem as coisas com franqueza.

Falar francamente é a honestidade em ação e é um dos princípios da integridade. O seu oposto é mentir ou enganar. Mas não basta apenas ser franco, pois é possível se dizer a verdade, mas deixar a impressão errada. Deixar a impressão correta significa comunicar-se tão claramente, que não haja mal-entendido. Quando a franqueza é levada longe demais, existe o risco da comunicação tornar-se brutal e cruel. Uma “conversa franca” pode facilmente tornar-se “franqueza extrema”, e aí você já sabe o que ocorre com o “balde de água”!

É evidente que uma comunicação franca e honesta estabelece uma ótima relação de confiança, mas na maioria das situações é preciso temperá-la com a habilidade, o tato e o bom senso, ou seja, franqueza e respeito devem andar juntos. A isto podemos chamar de comunicação íntegra!

terça-feira, 4 de maio de 2010

O sucesso consiste em não fazer inimigos, por Max Geringer


Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras.
Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.
Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo.Um dia, ele será cobrado, e com juros.
Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. mas não é. A “Lei da Perversidade Profissional” diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que tem boa memória.
Fonte: Artigo de Max Geringer.

sábado, 1 de maio de 2010

Estrelas fiéis


Preocupadas em reter talentos, empresas investem na satisfação de seus melhores profissionais

Não é de hoje que se ouve falar nas pessoas como o “patrimônio mais importante das organizações”. Entretanto, manter essa riqueza está cada vez mais difícil. Colaboradores não buscam apenas em bons salários, querem encontrar desafio e prazer em suas atividades. Depois de contratar, treinar e desenvolver um profissional diferenciado, deixá-lo partir é erro estratégico. Preocupadas em não perder talentos para a concorrência, as corporações investem cada vez mais na satisfação das suas estrelas.

Conforme explica Cristiano Lacerda, sócio-diretor da Torres Associados, consultoria de benefícios e gestão empresarial, tratar bem o funcionário é estabelecer regras claras e factíveis, dar os instrumentos para que ele as atinja, oferecer capacitação para poder cobrar esse resultado e reconhecê-lo quando os objetivos são atingidos.

– Mas não basta ter uma boa política sem um ambiente que fomente isso. Os gestores podem ser os principais desencadeadores de estresse dentro da organização. Cada vez mais as empresas vão ter de olhar para as equipes, pensando no conhecimento de cada um – diz Lacerda.

Há uma grande diferença entre “reter” e “deter” talentos. Para integrar a pessoa à organização, é preciso um investimento mais voltado para o ser humano e menos focado no capital.

– Alguém que não esteja inteiro, que não esteja feliz com o que está fazendo, não vai garantir um resultado favorável. Do ponto de vista organizacional, quando você tem um conjunto de pessoas remando para o mesmo lugar, ganha-se uma força muito maior. No âmbito individual, há muita diferença quando você faz algo que você acredita – resume Marcelo Madarasz, gerente de desenvolvimento de liderança da Natura.

Por outro lado, a empresa não pode se restringir a talentos isolados, é preciso que os funcionários que se destacam transfiram essa satisfação aos colegas. Alfredo Assumpção, CEO e sócio-fundador da empresa de recrutamento de executivos Fesa Global Executive Search Transforming Leadership, dá como exemplo a equipe de vôlei treinada por Bernardinho nas últimas Olimpíadas:

– Ele precisou abrir mão de um dos seus principais jogadores, botou outro no lugar e o time continuou ganhando. Isso aconteceu porque a equipe foi bem liderada.

Fonte: Zero Hora - Caderno de Empregos e Oportunidades - 2 de Maio de 2010 - Reportagem de Maria Amélia Vargas.

Praticando a atenção



É sabido sobre a importância de se dar e receber feedback e o seu impacto direto sobre o autoconhecimento e no relacionamento interpessoal. Porém, muitas vezes temos sérias dificuldades de OUVIR e manter a atenção quando alguém é que está falando algo para nós. Abaixo disponibilizo uma lista de exercícios que expõe quão facilmente podemos ser distraídos quando não estamos falando. Quem sabe possa ajudar a desenvolver os nossos músculos da concentração - a nossa capacidade de manter o foco e a ESCUTA. Bem, estas são táticas simples, mas desafiadoras:
  •          Não interrompa; morda sua língua se for preciso!!!
  •          Não lance suas próprias reações ou opiniões até a pessoa terminar de falar.
  •          Não finalize a frase do outro.
  •          Não se distraia. Não deixe seus olhos ou a atenção vagar.
  •          Faça perguntas inteligentes.
  •          Elimine a tentativa de impressionar a outra pessoa com quanto você é inteligente ou engraçado.
  •          Seu ÚNICO objetivo é fazê-lo sentir-se como um milhão de dólares.
  •          Sempre que possível, para garantir o seu entendimento sobre o que foi dito, inicie com: "Parece que....” “Então, o que você está dizendo é ... ".
  •          Preste atenção em sua linguagem não verbal: postura aberta e relaxada, não cruzar os braços, manter contato no olhar.
Não esqueça, comportamentos não-verbais têm um tremendo impacto sobre a eficácia da comunicação. Estudos mostram que a mensagem mantida após uma troca interpessoal decorre de 55% em relação ao comportamento não-verbal, 35% sobre o tom da voz, e apenas 7% das palavras.