terça-feira, 30 de março de 2010

Especialistas destacam os sete talentos do profissional do futuro

As necessidades do mercado de trabalho estão em constante mudança, numa rapidez cada vez maior. Consequentemente, o mesmo acontece com o perfil do profissional que as empresas estão buscando. Habilidades que eram pouco requisitadas no passado agora são consideradas essenciais e valorizadas pelos empregadores. Saber se comunicar em múltiplos ambientes, ter fluência em outros idiomas e domínio das ferramentas tecnológicas necessárias para fazer uso das redes sociais são alguns requisitos essenciais hoje em dia.

Mas não para por aí. Segundo Edson Rodriguez, vice-presidente da Thomas Brasil e consultor em gestão de pessoas e orientação profissional, existem sete grandes talentos que o profissional do futuro deve atender: autogerenciamento, comunicação múltipla, capacidade de negociação, adaptabilidade, educação contínua, domínio da tecnologia e foco nos resultados.

- O principal foco hoje é o autogereciamento. As empresas querem profissionais pró-ativos, com iniciativa, que se gerenciem. Ou seja, que sejam menos dependentes e mais autônomos - completa Ana Carolina Maffra, da empresa de gestão de RH Equipe Certa.

Rodriguez, por sua vez, ressalta que, num mercado que se transforma o tempo todo, as capacidades de adaptação e, principalmente, de antecipação, serão muito utilizadas. E quem for capaz de desenvolver tais habilidades está no caminho certo para se tornar um futuro líder.

No entanto, afirma ele, não há uma receita mágica para atender às novas exigências do mercado:

- As pessoas não devem estar focadas em priorizar um ou mais desses talentos, mas sim estar atentas ao que fazer com suas competências e como utilizá-las para crescer profissionalmente. Se o profissional for capaz de responder a desafios e a outras exigências de modo rápido e inovador, terá mais chances de deslanchar no mercado.

Ana Carolina destaca ainda que as empresas têm valorizado mais as competências comportamentais do que as técnicas, pois já está comprovado que aprimorar o conhecimento técnico dos profissionais é mais fácil e mais barato do que modificar suas atitudes. Dentre essas competências, ela destaca a automotivação, pois permite que os profissionais tenham maior capacidade de realização, de gerar resultados, seja em que área for:

- Um profissional que tenha naturalmente vontade de fazer, de aprender, de trocar, de interagir, que não precisa ser "empurrado", é altamente demandado pelo mercado. Todo gestor quer alguém assim em sua equipe.

Mas de nada adianta seguir métodos, regras ou parâmetros para ter sucesso se o profissional não estiver satisfeito com o que faz. De acordo com o consultor, quanto mais feliz o indivíduo está com o trabalho que executa, mais chances de excelentes resultados ele tem. A regra, lembra Rodriguez, vale para todos os trabalhadores, independentemente de cargo, salário ou idade:

- Passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho. Se estamos felizes com o que fazemos, isso se reflete inclusive na nossa qualidade de vida.
 
Os sete talentos do profissional do futuro
 
- Autogerenciamento - É a capacidade que o indivíduo tem de se motivar, disciplinar, cobrar e de avaliar os resultados obtidos. O profissional que tem esta habilidade é capaz de realizar projetos, desempenhar tarefas, buscar soluções e identificar formas de implementar as soluções.

- Comunicação múltipla - É a habilidade de se comunicar de modo realmente eficaz em diversas situações e inclusive em outros idiomas, principalmente o inglês. Essa deve ser a prioridade na área de línguas estrangeiras, salvo em casos específicos. Antes de sair para uma terceira língua, é preciso certificar-se de que o inglês está realmente bom. O profissional deve ser capaz de explorar, conhecer a fundo e manter-se atualizado com relação a blogs, twitter, internet, intranet, processos e sistemas de informação e transmissão de dados.

- Capacidade de negociação - O profissional deve dedicar especial atenção às suas habilidades no quesito capacidade de negociação. Deve procurar apresentar ideias de modo claro e convincente e argumentar de forma positiva, franca e objetivamente. É importante também saber ouvir com atenção as objeções e sugestões para construir formas convincentes de superá-las.

- Adaptabilidade - O profissional do futuro não deve apenas assumir uma posição de aceitar as mudanças, mas sim procurar prevê-las e antecipar-se a elas. A capacidade de facilitar o processo de mudanças, quaisquer que sejam elas, para as pessoas à sua volta também é uma característica importante e uma habilidade a ser cultivada.

- Educação contínua - A vida é um aprendizado constante e no mundo moderno isso se torna cada vez mais importante. Novas descobertas e processos mais eficazes surgem a cada momento, principalmente na área tecnológica. Por isso, o processo de treinamento e desenvolvimento de um profissional de sucesso ocorre por toda a sua vida. Ele tem que estar constantemente se atualizando, buscando novos conhecimentos e novas abordagens.

- Domínio da tecnologia - Este quesito faz diferença. É imprescindível buscar, usar e fomentar o uso de tecnologia de ponta. O profissional também deve ficar atento a mudanças na área e manter-se atualizado sobre os lançamentos.

- Foco nos resultados - As pessoas são avaliadas por suas ações e pelos resultados obtidos. Por isso, é importante refletir sobre qual é o resultado que se busca e procurar identificar o que agrega valor em termos de custos/esforços para centrar-se nisso.
 
Fonte: O Globo - 27/03/2010

Relacionamento Interpessoal!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Funcionários não estão totalmente comprometidos

Um estudo promovido pela Right Management mostrou que 50% dos trabalhadores de empresas com até 50 funcionários se consideram completamente descomprometidos com suas funções e empresas.

Nestas mesmas instituições, 34% dos entrevistados se declararam completamente compromissados com seu trabalho. A pesquisa avaliou cerca de 30 mil funcionários em 15 países.

O estudo mostrou também casos de empenho parcial dos funcionários com suas funções. Neste sentido, a pesquisa apontou dois grupos. O primeiro, onde 9% dos entrevistados se encaixam, foi chamado de “benchwarmers”. São pessoas comprometidas com a empresa, mas não com seu trabalho.

O segundo grupo identificado, no qual 7% das pessoas se encaixaram, foi batizado de “free agents” e mostra a situação contrária: pessoas compromissadas com seus trabalhos, mas não com a empresa. Na prática, isto quer dizer que este profissional gosta de contribuir de forma significativa, mas pode deixar a empresa a qualquer momento.

De acordo com a pesquisa, o líder tem um papel muito grande no comprometimento de cada funcionário. Assim, a consultoria listou em ordem de importância as características de liderança que mais estimulam o comprometimento dos funcionários. Confira o que os funcionários querem de seus líderes:

1) Que seu trabalho seja reconhecido e suas ações valorizadas;

2) Trabalhar em organizações bem-sucedidas;

3) Trabalhar para líderes com capacidade para implementar estratégias e obter sucesso;

4) Que a estratégia da empresa seja comunicada de forma eficaz, permitindo que eles possam exercer uma função significativa ao executar a estratégia e ajudar no sucesso da organização.

Fonte: Época Negócios Online - 16/03/2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

A polêmica jornada de 40 horas, por Ana Maria Rossi*

O estresse ocupacional é um assunto tão atual, que o tema foi projetado para as telas de cinema no filme Amor sem Escalas. O ator George Clooney vive um alto executivo especializado em demissões. A relação demissão e estresse não afeta apenas a realidade americana. Pesquisa realizada pela International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) revela que o medo de demissão foi identificado por 56% dos profissionais de São Paulo e Porto Alegre, só perdendo para o excesso de tarefas (62%).

Paralelamente a isso, o Brasil vive a polêmica da lei que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas. Em meio ao embate entre empresários e centrais sindicais sobre a redução da jornada, mais uma vez se nota a lacuna entre a legislação e a realidade do mercado. O número de horas trabalhadas vem aumentando vertiginosamente. Um dos grandes desafios atuais é reduzir o aumento contínuo nos níveis de estresse e administrar o número de horas trabalhadas, em média, 52 horas por semana, mas deve chegar a 54 horas nos próximos anos.

De acordo com pesquisas brasileiras, poucos profissionais estão trabalhando o número de horas estabelecidas, ainda que essas horas extras muitas vezes não apareçam, justamente pelo medo de demissão. A exigência de sobressair-se num mundo globalizado e instantâneo faz com que as empresas exijam mais e mais de seus funcionários. Embora algumas empresas estejam atentas a este fato e aos custos com saúde, estimado em 4,5% do PIB/ano, pouco se tem visto em termos de programas de gerenciamento do estresse.

Outra pesquisa da Isma-BR aponta que 70% da população economicamente ativa no país vive estressada, sendo que 30% dela sofre de burnout (exaustão física e mental que pode levar à depressão e até ao suicídio). O estudo também revela que o desempenho profissional chega a ser de cinco horas a menos em relação aos demais trabalhadores.

O excesso de tensão no trabalho passou a ser algo tão comum, que, mais que uma ameaça à qualidade de vida, ele se tornou uma ameaça à própria vida. Daí a importância de entender o estágio que ele pode atingir e desenvolver mecanismos de defesa que auxiliem na melhoria da qualidade de vida e garantam o bem-estar. Será que a exigência apenas do cumprimento da carga horária acordada e o oferecimento de programas que capacitem os funcionários a lidar com as inevitáveis pressões do mundo corporativo não iriam propiciar outros resultados?

Fonte: Jornal Zero Hora de 24/03/1010

*Presidente da Isma-BR e representante brasileira na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA)

Superpoderes - Hora do Planeta 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Carreiras do futuro e tendências do empreendedorismo para 2020

Tendências que podem ser identificadas hoje moldarão o trabalho do futuro, criando oportunidades para diversas carreiras, com nomes que muitas vezes ainda nem existem.

Associado às mudanças no mercado de trabalho, outro fenômeno pode ser identificado: o crescimento do empreendedorismo. De acordo com o GlobalEIntrepreneurship Monitor, o Brasil apresenta um taxa média de atividade empreendedora de 12,8% da população economicamente ativa, uma das mais altas do mundo. Ainda que grande parte seja de empreendedorismo por necessidade, e não por oportunidade, a ação empreendedora é muito importante para a criação de riqueza, tanto a partir de novos negócios em empresas já estabelecidas e como também a partir da criação de novas empresas.

Nesse contexto, uma pesquisa realizada pela FIA (Instituto de Administração) procurou responder quais serão as carreiras do futuro e onde estarão as oportunidades de negócios para no horizonte de tempo até2020.

Os resultados finais apontaram que a ênfase crescente na inovação, a busca por qualidade de vida e a preocupação com o meio ambiente serão importantes impulsionadores na determinação das carreiras mais promissoras nos próximos anos. É vislumbrado um futuro no qual será possível interagir com profissionais como Gerentes de Eco-Relações, Chief Innovation Officer e Bioinformationists.

Veja quadro de carreiras:




Para 38% dos respondentes, a inovação será um fator cada vez mais crítico para a competitividade das empresas, colocando ênfase em no desenvolvimento tecnológico, na educação continuada e no desenvolvimento de novos conhecimentos. Haverá maior consciência
quanto à manutenção da capacidade produtiva e intelectual das pessoas, ampliando a longevidade profissional e, portanto estendendo o período de formação. Isto promoverá soluções
em educação para outras faixas etárias.
Já para 26% dos respondentes, as pessoas buscarão mais qualidade de vida, demandando serviços que facilitem as suas vidas e tragam comodidade.
Clique aqui para ler a pesquisa completa.
Fonte: FIA


terça-feira, 23 de março de 2010

Gestor perde 60% da produtividade “apagando fogo”

Segundo levantamento, resolução de problema e atividades administrativas consomem grande parte do tempo dos líderes.
Mais da metade do tempo dos gestores, especificamente 59% das horas trabalhadas, acaba sendo utilizada para “apagar incêndios”. A informação é da consultoria empresarial ProGeps, que utilizou como base para o resultado seu universo de clientes.
De acordo com a empresa, essa demanda divide-se na resolução de problemas (29%) e em atividades administrativas (30%), como reuniões, despacho de papelada, checagem de e-mail e telefonemas.
Já atividades importantes no que diz respeito a estratégia, como treinamento e coaching de seus subordinados, ocupam somente 1% do horário de trabalho dos líderes. A gestão propriamente dita ocupa apenas 16% do tempo desses profissionais, índice que representa menos da metade do valor considerado adequado (35%), segundo especialistas da consultoria.
Como resultado disso, o levantamento aponta que a produtividade média alcançada pelas organizações é de 60%, ou seja, há um desperdício de cerca de 30% no potencial produtivo das empresas, considerando que entre 5% e 10% constituem perdas irrecuperáveis.
Falta de objetividade
“Quando chegamos a uma empresa, o que vemos é redundância, falta de objetividade entre departamentos, falta de visão e alinhamento. Trata-se de um conjunto de coisas que têm que trabalhar em harmonia”, explica o presidente da ProGeps, Elzo Guarnieri.
As organizações geralmente tendem a acreditar que a solução para o aumento da produtividade está em novos investimentos, principalmente em sistemas de gestão automatizados.
“É necessário trabalhar de baixo para cima, “mãos na massa”, entrar nos detalhes e, como isso sempre, de alguma maneira, se reflete nas pessoas, ter um programa dirigido para todo os universo coberto pelo trabalho de melhoria”, disse.
Fonte: FinancialWeb 17/03/2010