domingo, 26 de outubro de 2008

Quem Pode nos Motivar?




Não se pode construir uma empresa 100% com uma equipe 50%!

Gilclér Regina


Em meio a uma realidade de acelerada exigência de qualidade e excelência em desenvolvimento profissional, nos vemos obrigados a encontrar atitudes "motivadoras"como líderes. Será que há uma maneira eficaz de ser o canal motivador de pessoas se nós mesmos muitas vezes não encontramos este fôlego em nossa própria vida pessoal? A resposta está na escolha de cada um, sim, mas também na energia que conseguimos transmitir com as idéias que captamos de um grupo.


Conforme a definição de motivação, esta constitui-se em "1 Ato de motivar. 2 Exposição de motivos. 3 Psicol Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento. 4 Sociol Processo de iniciação de uma ação consciente e voluntária" (capturado em 25/10/08 em http://www.michaelis.uol.com.br/).


Portanto, não há como uma pessoa motivar outras se estas encontrarem-se "fechadas" à exposição de motivos ou à energia que se procura disseminar. O ato de um vai mobilizar o de outro(s) se houver uma interação adequada para isto.


É lógico dizer que existem relações entre as possibilidades adequadas que um líder encontra para estabelecer a repercussão de suas idéias nos demais, nos colaboradores ou liderados. É este um dos objetivos dos cursos e treinamentos de Motivação de Liderança. A oferta de ferramentas adequadas é um primeiro passo.


Porém, será necessário, também, que este líder consiga detectar a "chave"certa em seu grupo para que o "eco"de sua mensagem tenha repercussão. Mas afinal, como encontrar esta possibilidade? Estará ela em sua atitude? Ou apenas o grupo pode lhe dar tal correspondência?


A resposta mais adequada, eu afirmaria, está em ambas as partes. O líder efetivo, mobilizador, consegue alinhar as metas gerais que precisa trabalhar com seus liderados com aquelas que eles próprios buscam em suas carreiras, em suas vidas. Não há como obter respostas motivadoras se a energia grupal não corresponder, de certa maneira, à soma de energias pessoais daqueles que fazem parte de uma equipe.


Isto não quer dizer que todos devam pensar igualmente, uniformemente. As pessoas são diferentes, tem histórias diversas e vêm de experiências particulares específicas a seus contextos. Porém, em termos de identificação e motivação para com os objetivos, precisam estra alinhadas. Do contrário, cada um empregará comportamentos diametralmente opostos para atingir resultados igualmente contrários.


A atitude mais motivadora que um líder pode manifestar é a busca de uma ação que mobilize e faça convergir estas energias semelhantes. Trabalhar com metas é uma forma de fazer dar certo qualquer dinâmica ou ferramenta de motivação. Não há nada mais forte do que o velho ditado: "a união faz a força".


Será que é possível concordar com a frase citada no íncio do texto? Acredito que sim!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA... UMA BIOGRAFIA SOBRE A HUMANIDADE?





Ao assistir ao filme Ensaio Sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles, sobre a obra homônima de José Saramago, deparei-me com a óbvia pergunta: será a história um retrato de nós mesmos? Afirmo “óbvia”, porque o mais natural é fazer uma analogia entre o título e a temática do filme e a realidade de “cegueira” que nossa sociedade apresenta, para diversos temas de nossa atualidade.
O impactante do filme, no entanto, são as diversas realidades a que somos obrigados a perceber a partir da atitude de cada um dos personagens destacados ao longo da história. A cegueira é apenas o pano de fundo, ou seria, o plano explícito, para mostrar-nos que nossas escolhas atuais são, em muitos aspectos, correspondentes ao não querer enxergar as realidades da humanidade.
Os valores, a essência de “bem” ou “mal”, a correspondência entre preconceito e exclusão, a manutenção de atitudes humanas ainda que em meio a um ambiente de total desumanidade… Enfim, são apenas alguns dos motes que o filme nos expõe. É bastante interessante pensar sobre todas elas, pois a história mistura ficção e realidade. Somos como que obrigados a ver-nos em meio àqueles que são expulsos de uma sociedade por apresentarem uma “doença” que dela se deriva. E acabamos por nos sentir em meio a esta realidade também. Isto, porque, o que autor e diretor conseguem nos fazer ver é que o dado fictício é apenas uma caricatura, exagerada, até, do que vivemos em nossas grandes cidades atualmente.
A relação que procuro fazer entre o filme e as possibilidades de resgate da “cegueira” (também apresentada na história) é a escolha pelo desenvolvimento de nossas potencialidades aliada à questão da Inteligência Emocional. Se dominarmos a nós mesmos, ou seja, descobrirmos o melhor que temos a SER e OFERECER, como a personagem de Juliane Moore nos faz refletir, certamente contribuíremos para uma “cura” desta que pode ser uma praga moderna, a “cegueira social“.
A escolha pelo SER pessoa, e VER ou OUTRO como pessoa, parece-me a melhor opção para que possamos contribuir com locais de trabalho mais agradáveis, relações familiares mais íntegras, trocas emocionais mais autênticas. Enfim, com uma forma mais verdadeira de inteligência e liderança, tornar-nos-emos capazes de contribuir para um mundo mais sustentável. Parece-me que nem sempre os meios corporativos e de relacionamento institucional enxergam neste desenvolvimento uma forma efetiva de aumento das possibilidades para seus ambientes de trabalho. Ainda é tempo de mudarmos de posicionamento quanto a isto!