sábado, 1 de maio de 2010

Estrelas fiéis


Preocupadas em reter talentos, empresas investem na satisfação de seus melhores profissionais

Não é de hoje que se ouve falar nas pessoas como o “patrimônio mais importante das organizações”. Entretanto, manter essa riqueza está cada vez mais difícil. Colaboradores não buscam apenas em bons salários, querem encontrar desafio e prazer em suas atividades. Depois de contratar, treinar e desenvolver um profissional diferenciado, deixá-lo partir é erro estratégico. Preocupadas em não perder talentos para a concorrência, as corporações investem cada vez mais na satisfação das suas estrelas.

Conforme explica Cristiano Lacerda, sócio-diretor da Torres Associados, consultoria de benefícios e gestão empresarial, tratar bem o funcionário é estabelecer regras claras e factíveis, dar os instrumentos para que ele as atinja, oferecer capacitação para poder cobrar esse resultado e reconhecê-lo quando os objetivos são atingidos.

– Mas não basta ter uma boa política sem um ambiente que fomente isso. Os gestores podem ser os principais desencadeadores de estresse dentro da organização. Cada vez mais as empresas vão ter de olhar para as equipes, pensando no conhecimento de cada um – diz Lacerda.

Há uma grande diferença entre “reter” e “deter” talentos. Para integrar a pessoa à organização, é preciso um investimento mais voltado para o ser humano e menos focado no capital.

– Alguém que não esteja inteiro, que não esteja feliz com o que está fazendo, não vai garantir um resultado favorável. Do ponto de vista organizacional, quando você tem um conjunto de pessoas remando para o mesmo lugar, ganha-se uma força muito maior. No âmbito individual, há muita diferença quando você faz algo que você acredita – resume Marcelo Madarasz, gerente de desenvolvimento de liderança da Natura.

Por outro lado, a empresa não pode se restringir a talentos isolados, é preciso que os funcionários que se destacam transfiram essa satisfação aos colegas. Alfredo Assumpção, CEO e sócio-fundador da empresa de recrutamento de executivos Fesa Global Executive Search Transforming Leadership, dá como exemplo a equipe de vôlei treinada por Bernardinho nas últimas Olimpíadas:

– Ele precisou abrir mão de um dos seus principais jogadores, botou outro no lugar e o time continuou ganhando. Isso aconteceu porque a equipe foi bem liderada.

Fonte: Zero Hora - Caderno de Empregos e Oportunidades - 2 de Maio de 2010 - Reportagem de Maria Amélia Vargas.

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