quinta-feira, 31 de julho de 2008

No horizonte

Descobertas baseadas em neurociência sobre o comportamento humano surgem a cada semana e incluem revelações que exercem impacto real na gestão das empresas. Por exemplo, pesquisadores querem entender "por que ficar atento tem impacto significativo na saúde e na performance. "A atenção é a habilidade em observar o funcionamento do seu cérebro. O que é a autoconsciência? Por que ela é tão importante? Por que é tão importante saber por que você faz as coisas que faz? Todo programa de treinamento diz que você precisa de mais autoconsciência. Por quê? A neurociência está estudando isso."

Outra pesquisa estuda a "reavaliação", a habilidade de olhar para uma determinada situação e mudar a sua interpretação sobre ela. Por exemplo, você vê o seu chefe adentrando o hall com passadas rápidas e pesadas e, em vez de concluir prontamente que você está prestes a ser demitido, você reavalia a situação para o que ela é - seu chefe está tendo um dia ruim. Reavaliar modifica a interpretação do seu cérebro acerca do evento, arrefece a resposta da amígdala e modifica os seus atos.

Esses insights cognitivos podem mudar o modo como as pessoas trabalharão no futuro. "Estamos próximos de entender exatamente por que uma reunião deu errado ou como preparar a melhor sessão de brainstorming possível ou como dar feedback".
"Estamos próximos dessas respostas ao compreendermos a fisiologia oculta."
Fonte: Revista Melhor - Gestão de Pessoas

Novos truques para o velho cão

Uma das descobertas mais estimulantes é a enorme plasticidade do cérebro - a capacidade de mudar e aprender. Antes, os cientistas acreditavam que o cérebro era "formatado" no começo da vida. Agora sabem que o cérebro de uma pessoa de 71 anos de idade é semelhante ao de uma de 17 anos em sua capacidade de fazer novas conexões. Infelizmente, a maioria das pessoas pára de aprender novos conceitos em torno dos 30 anos, e a capacidade de aprendizado do cérebro começa a diminuir.

Assim como ensinar um cachorro velho, fazer com que o cérebro aprenda novos truques requer esforço. Para manter o aprendizado em dia, o cérebro necessita transportar a informação da "memória de trabalho" [N.R.: de curto prazo] para o gânglio basal, que fica na base do cérebro. Isso exige um esforço pesado. A memória de trabalho é de energia intensiva; seu cérebro literalmente se cansa depois do aprendizado.

Pesquisas mostram que tomar uma única decisão diminui a glicose - o açúcar do sangue - disponível para a decisão seguinte, informa David Rock, fundador e CEO da Results Coaching Systems. Isso explica por que as pessoas retomam hábitos arraigados em seus gânglios basais - a parte do cérebro que armazena as atividades cotidianas.

A memória de trabalho armazena informações por um período de tempo, sua capacidade é pequena. Como você agrega conhecimento ao longo do dia - do simples ao complexo -, informações importantes assimiladas anteriormente são transportadas e se perdem para sempre. É assim, a menos que você coloque o conhecimento dentro do gânglio basal.
Como se faz isso? Use-o ou perca-o. Pesquisadores acrescentam um passo a esse mantra: durma.

A neurociência confirma a suspeita de que "o cérebro desliga depois de um determinado período de tempo, e existe um limite da quantidade de informação que pode ser digerida", diz Rock, que também é fundador do NeuroLeadership Institute. "Se você está prestando atenção para aprender algo novo, o limite de tempo é de 20 minutos até que o cérebro diga 'basta'."
Fazer pausas durante o aprendizado, "precisamos dormir, integrar e formatar o cérebro, e depois voltar e aprender mais", ele diz. Isso maximiza o modo como o cérebro funciona. Os neurocientistas chamam isso de "consolidação da memória".

Rock sugere que os treinadores fracionem o aprendizado. Se você quebrar um treinamento de oito horas em "sessões de uma hora durante algumas semanas, poderia melhorar o aprendizado devido a um fator importante - de acordo com a neurociência", diz.

Ainda que isso possa encarecer o treinamento no curto prazo, o RH pode cogitar redesenhar o treinamento com tecnologia, em grupos menores e com um trabalho de coaching interno. E o retorno do investimento em longo prazo pode ser maior, se os funcionários colocarem os novos conceitos em suas memórias mais duradouras.
Fonte: Revista Melhor - Gestão de Pessoas

Parado no trânsito? Faça algo produtivo

Confira algumas dicas de quem transforma o tempo perdido nos engarrafamentos das grandes cidades em oportunidades para colocar o estudo em dia, o trabalho em ordem e até mesmo a saúde nos trilhos


Todo dia é a mesma coisa: a corrida contra o relógio começa logo cedo. Acordar, tomar café, arrumar a pasta, pegar o notebook e sair apressado(a) de casa para mais um dia de trabalho. Horário? Nem sempre é possível ater-se a ele. Em uma metrópole como São Paulo, chegar pontualmente ao escritório tornou-se um verdadeiro desafio.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) no início deste ano mostra que grande parte dos paulistanos gasta diariamente entre 30 minutos e três horas nos trajetos para a escola, a universidade ou o trabalho.

Em meio a esse cenário caótico das grandes cidades, muitos motoristas passaram a adotar medidas capazes de transformar o estresse dos congestionamentos em tempo livre para o trabalho, estudo, e, por que não, para cuidar da saúde física.

Foi com a adoção de uma iniciativa do gênero que Denis Marchesi, 25 anos, analista de qualidade da Brisa, empresa no segmento de Tecnologia da Informação, driblou o cansaço e a irritação causados pelo trânsito.

A fim de colocar o estudo em dia, ele trocou as músicas das rádios FM pelo CD-aula fornecido pela escola de idiomas onde cursa inglês há três anos. “Agora aproveito as horas parado nos congestionamentos para ouvir as aulas e praticar a língua inglesa, já que, com a minha rotina de trabalho, não teria outro momento do meu dia que pudesse me dedicar a essa tarefa”, conta.

Já Renato Mantovani, 31, proprietário da corretora de seguros Open Health, contou com a ajuda da tecnologia para aproveitar melhor o tempo que permanece dentro de seu automóvel.

Com a vantagem de possuir um veículo equipado com viva-voz bluetooth, o empresário passa boa parte das horas que está preso no tráfego conversando com sua secretária, organizando e coordenando as tarefas da corretora, até sua chegada ao escritório. Tudo isso sem correr o risco de ser parado por qualquer fiscal de trânsito.

Com tal recurso tecnológico, Mantovani pode falar ao telefone por meio do sistema de som do carro, sem a necessidade da utilização de fones de ouvido, o que poderia acarretar-lhe uma infração média sujeita à multa e quatro pontos na carteira de habilitação, segundo as leis brasileiras de trânsito. “Hoje posso usar melhor o meu tempo em um congestionamento. Tenho como adiantar algumas atividades e ir trabalhando do meu carro, além de me distrair e evitar uma série de problemas, como o estresse, por exemplo”, diz ele.

Mas é preciso ter cuidado: o automóvel também pode ser um grande inimigo do corpo. Principalmente se levado em conta o tempo que uma pessoa permanece em uma mesma posição.

O especialista em quiropraxia (estudo das desordens do sistema neuro-músculo-esquelético) Miguel Mastropaulo explica que a permanência contínua na posição sentada causa muitos danos à coluna. Sobretudo dentro de um automóvel, devido à vibração provocada pelo veículo.

De acordo com o profissional, uma forma de evitar esse tipo de problema e ainda aproveitar o tempo gasto dentro do automóvel é fazer um alongamento que contribua para o relaxamento e a saúde do corpo. “Segure com uma mão embaixo do banco e, com a outra, segure a cabeça e puxe-a suavemente para o lado oposto. Assim, pode-se aliviar a tensão sobre o pescoço e possíveis dores de cabeça”, orienta.

E se você é passageiro, a gama de alternativas para suportar a lentidão do trânsito é ainda mais ampla: leia um livro, uma revista ou um jornal. Se preferir, adiante no notebook a apresentação que terá de fazer no escritório ou o relatório que deverá entregar ao seu chefe no final do dia. Agora, se você não pretende antecipar o expediente, ligue o rádio ou o DVD e se distraia até chegar ao seu destino. Só não deixe o motorista fazer o mesmo... É problema na certa.
Fonte: Você com mais tempo

terça-feira, 29 de julho de 2008

A ordem é não mudar: a visão de Porter

Michael Porter, o grande especialista em estratégia da Harvard Business School, considerado por muitos "o pai da estratégia", fez uma palestra para o público da Wharton School sobre os princípios básicos de sua teoria.
Muitos erros de estratégia empresarial ocorrem por culpa da própria organização." "Manter o foco exclusivamente no valor para o acionista é o 'triângulo das Bermudas' das estratégias." Esses foram dois dos ensinamentos de uma palestra feita recentemente na Wharton School por Michael Porter, diretor do Institute for Strategy and Competitiveness, da Harvard Business School, e um dos mais conceituados especialistas em estratégia de todo o mundo. Ao menos a primeira afirmação representa uma reviravolta no pensamento de Porter. Quando começou a estudar estratégias, ele achava que a maioria dos erros estratégicos tinha origem externa, em tendências de consumo ou mudanças tecnológicas. "Mas, depois de 25 ou 30 anos de prática, percebi que muitos erros estratégicos, se não quase todos, vêm de dentro. É a própria empresa que os comete."
Concorrência destrutiva
Em geral, a origem das estratégias ruins está na forma de encarar a concorrência, observou Porter ao crítico público da Wharton. Muitas empresas têm por objetivo ser as melhores em seu setor de atividade e as melhores em todos os aspectos do negócio: do marketing à cadeia de fornecimento, passando pelo desenvolvimento de produtos. O problema dessa maneira de pensar é que não existe uma organização "melhor" em dado setor. "Qual é o melhor carro?", perguntou ele. "Depende de quem o utiliza. Depende do uso a que se destina. Depende do orçamento."
Os gestores que acreditam existir uma empresa melhor que as outras ou um conjunto de processos superior ficam predispostos a uma concorrência destrutiva. "O pior erro é competir nos mesmos quesitos", disse Porter. "Isso só provoca uma escalada da situação, o que, por sua vez, leva a preços mais baixos ou a custos mais altos, a menos que o concorrente seja inepto."As empresas devem tentar ser únicas, acrescentou. Os executivos precisam se perguntar: "Como oferecer um valor exclusivo, que atenda a uma série de necessidades essenciais de um grupo de clientes importante?".
Outro erro que os gestores cometem, segundo o especialista, é confiar em uma definição defeituosa de estratégia. "'Estratégia' é uma palavra usada de tantas maneiras diferentes, com tantas acepções, que pode não significar nada." Muitos executivos de grandes companhias confundem estratégia com aspiração. Uma organização que declare que sua estratégia é tornar-se líder em tecnologia ou consolidar o setor não está descrevendo uma estratégia, e sim um objetivo. "A estratégia se relaciona com o que faz a empresa ser única", frisou Porter. Os gestores também costumam acreditar que ações como fusão ou terceirização são estratégia. "Isso não é estratégia", advertiu ele. Não fala da posição que a empresa ocupará com exclusividade.
Para Porter, é importante que a organização defina sua estratégia, pois isso determinará previamente as escolhas que moldarão suas decisões e ações. Declarações de visão e de missão não devem ser consideradas estratégia, tampouco. As empresas gastam meses negociando palavra por palavra e os resultados podem ter valor no que se refere a sua visão ou missão, mas não substituem a estratégia.
Porter disse que o "triângulo das Bermudas em estratégia" é a confusão a respeito do desempenho econômico e do valor para o acionista. "Passamos por uma década horrível, quando as pessoas achavam que o objetivo de uma empresa era criar valor para o acionista. O valor para o acionista é o resultado.
As empresas que desejam criar uma estratégia de sucesso precisam definir o setor e os produtos e serviços corretos. Segundo Porter, estratégias ruins são, muitas vezes, conseqüência da má definição do negócio.
Os gestores também costumam confundir eficácia operacional com estratégia. A eficácia operacional é, essencialmente, uma extensão das melhores práticas. As boas operações são capazes de impulsionar o desempenho, disse o especialista, acrescentando: "O problema, porém, é que isso dificilmente se sustenta. As práticas realmente boas acabam sendo seguidas por todos".
Nada disso é fácil, admitiu ele. "O verdadeiro desafio da gestão é fazer todas essas coisas simultaneamente. Manter as melhores práticas e, ao mesmo tempo, solidificar, esclarecer e aprimorar a posição ocupada com exclusividade pela empresa."
A continuidade é fundamental para uma estratégia de sucesso. "Se não for algo que se faz constantemente, não é estratégia. Quando não se permanece buscando a mesma direção por dois ou três anos, ela não significa nada." Muitas empresas começam com uma boa estratégia, mas acabam fracassando quando crescem. Pesquisas mostram que muitas das empresas que surgiram e desapareceram em um período de dez anos passaram por uma expansão fenomenal no início para depois priorizar o crescimento em lugar da estratégia.

Fonte: HSM

terça-feira, 15 de julho de 2008

Brasil é nono em 'ranking da felicidade'

O Brasil é o nono país “mais feliz” entre os 30 que fizeram parte de um levantamento do instituto britânico de pesquisa de mercado GfK NOP, considerado um dos mais importantes no ramo.

Segundo o levantamento, o país com a população mais feliz de todos é a Austrália, seguido de Estados Unidos, Egito, Índia, Reino Unido e Canadá.

A pesquisa, realizada anualmente, entrevistou 30 mil pessoas, de 13 anos ou mais, em 30 países nos cinco continentes – as entrevistas foram feitas entre dezembro de 2004 a feveriero de 2005.

Todos responderam à pergunta: "O quão feliz você se considera com a qualidade da sua vida?".

No Brasil, 29% dos entrevistados se disseram "muito felizes", outros 53% se consideraram "satisfeitos", 14% afirmaram estar "desapontados" e 2% "muito infelizes".

Saúde e casa própria

Na segunda parte da pesquisa, todos tinham de eleger quais itens (de uma lista pré-estabelecida) são prioritários para uma vida feliz.

O Brasil seguiu a maioria dos outros países ao considerar uma boa saúde o principal responsável por uma vida melhor, com 75% dos entrevistados escolhendo este como o primeiro item da lista.

Em seguida, vem o sonho da casa própria, que é a prioridade para 63% dos brasileiros. A estabilidade financeira também é considerada importante, ficando em 3º lugar na lista no Brasil.

De acordo com Nick Chiarelli, um dos responsáveis pela pesquisa, ela revela que as pessoas dão mais valor a fatores imateriais do que a dinheiro e posses.

"Acima de tudo, a pesquisa mostra que as população global geralmente está feliz com sua vida, com 82% dizendo estar muito feliz ou satisfeita. Ela também mostra que, embora dinheiro não compre felicidade, as pessoas querem ter estabilidade financeira, mas estão mais interessadas em ter uma boa saúde do que posses materiais", afirmou.


Os infelizes

O país que se considera o menos feliz entre os pesquisados é a Hungria, onde 35% dos entrevistados se disseram "desapontados" ou "muito infelizes".

Em seguida vêm a Rússia (30%), a Turquia (28%), a África do Sul (25%) e a Polônia (24%). A França aparece em nono lugar na lista dos países mais infelizes.

Se por um lado, a pesquisa mostra que dinheiro não compra felicidade, ela revela uma relação entre falta de dinheiro e infelicidade. Entre a população mais infeliz, a maioria se encontra nos grupos que recebem os mais baixos salários ou estão desempregados.

Descobriu-se que as pessoas felizes se preocupam menos com dinheiro e mais com questões como AIDS, terrorismo e educação.

Elas também se mostraram mais otimistas em relação às perspectivas para o futuro: 33% consideram que agora é uma boa hora para comprar os artigos que necessitam, e outros 37% estão muito confiantes de que em um ano vão estar numa situação melhor do que a atual.

Boa aparência, um bom período de sono, fé, higiene pessoal e tirar férias também caracterizam pessoas felizes, enquanto que a ingestão de álcool e fast food parecem não contribuir para a felicidade.

Fonte: BBC Brasil

O jogo do empurra

Transferir responsabilidades é um efeito negativo do trabalho em equipe. Aprenda a lidar com essa situação

Nas últimas duas décadas, a habilidade de trabalhar em equipe ganhou importância dentro das empresas. “No início da década de 90, os gestores começaram a valorizar essa competência. Hoje, a maior parte dos processos de seleção exige esse comportamento dos candidatos”, diz Fernando Mantovani, gerente responsável pelo escritório de São Paulo da Robert Half, consultoria americana de recrutamento. E não é só isso. Em alguns casos, como na disputa de uma vaga para consultoria, a falta de experiência bem-sucedida em equipe pode barrar uma oferta de emprego. Em outros casos, não saber trabalhar com o time é motivo de demissão. Segundo Elaine Saad, gerente-geral para a América Latina da Right Management, consultoria que faz transição de carreira, de São Paulo, cerca de 30% dos profissionais de nível gerencial têm difi culdade para administrar grupos de trabalho. Atividades que reúnem muitas pessoas são o cenário perfeito para o aparecimento de confl itos. Um tipo muito comum é o jogo do empurra. Como a expressão sugere, o problema começa quando um integrante do grupo tenta transferir a responsabilidade sobre uma tarefa para o outro. A seguir, algumas situações típicas do jogo do empurra. Saiba como se manter de pé nesses casos e evitar que o desempenho de sua equipe seja prejudicado.

O líder não faz a gestão da equipe nem do projeto e coloca a culpa do mau desempenho em você
Essa situação acontece quando o chefe se ausenta de suas responsabilidades. Na hora em que é cobrado por resultados, ele transfere a pressão, ou a culpa, para o subordinado. Diante desse quadro, tome cuidado. Evite se queixar do chefe e nem pense em procurar o chefe dele para reclamar. “Passar por cima do líder da equipe pode criar uma crise ainda maior”, diz Francisco Ramirez, da ARC, consultoria de recrutamento de São Paulo. A melhor saída é conversar com o gestor. “Seja objetivo
e apresente fatos. Contra eles não há argumentos”, diz Thiago Zanon, líder da área de talentos da Hewitt Associates, consultoria em RH de São Paulo.

Um colega do grupo não realiza a parte dele e acaba comprometendo o seu serviço
Se você detectar um problema desse tipo, seja rápido. Procure descobrir a razão do deslize do colega. Pode ser uma situação pessoal, sobrecarga de trabalho, incompetência ou má intenção mesmo. Tente conversar francamente com ele. “Em alguns casos, você poderá ajudá-lo a resolver o problema”, diz Renata Wright, da Michael Page, empresa de recrutamento de São Paulo. Mas, se o desempenho do colega continuar prejudicando o grupo, você deve, sim, procurar o líder para alertálo do que está acontecendo. Agindo dessa f orma, você pode evitar um grande prejuízo para os companheiros
e para a empresa.

Você percebe que a equipe tem dificuldade para administrar o volume de trabalho e definir as responsabilidades de cada um no projeto
O primeiro passo é abordar a questão com os colegas. “Depois que se esgotarem as possibilidades entre os pares, é preciso acionar o líder da equipe rapidamente, para evitar que o resultado seja comprometido”, diz Renata, da Michael Page. “Essa atitude mostrará que você está envolvido com o projeto”, diz Thiago, da Hewitt Associates, de São Paulo. Uma boa forma de fazer isso é reunir toda a equipe e, junto com o chefe, avaliar os fatos e como todos podem contribuir para resolvê-los. A seguir, eleja um reponsável para cada tarefa e estipule prazos para o cumprimento das atividades. Assim, todos ficam na mesma sintonia.

Como ninguém se compromete, você assume a tarefa em nome da realização do trabalho
“Essa é uma decisão errada”, diz Renata Wright. “Para crescer, os prof issionais precisam ser responsáveis pelo desenvolvimento dos pares.” Portanto, não assuma tarefas que não são suas. O laboratório Eli Lilly do Brasil instituiu a prática de estimular feedback entre colegas. “É comum um f uncionário superágil se incomodar com o colega mais lento, que cuida mais dos detalhes, e vice-versa”, diz o engenheiro Carlos Eduardo Rodrigues, de 31 anos, gerente de planejamento financeiro, preços e processos de vendas da Eli Lilly. “Aqui, temos regras de comportamento vitais para decisões de negócios. Uma pergunta simples pode resolver as diferenças de velocidade. Por exemplo: ‘Você precisa de tantos detalhes para tomar a decisão?’. Dependendo da resposta, a solução já está definida”, diz Carlos.

Alguém usa o esforço da equipe para se promover
Em vez de jogar a responsabilidade para outros, alguém tenta roubar os méritos da equipe. Encontrar esse tipo de pessoa é comum no ambiente corporativo. “A melhor solução, quando você tem liberdade com o colega, é conversar abertamente”, diz Fernando Mantovani, da Robert Half. Segundo Thiago, da Hewitt, nessas horas é preciso ser menos emocional e mais pragmático — como os americanos. “Ainda precisamos aprender muito com eles. Na empresa, foque na execução, e não no agrado às pessoas. Por isso, é importante ser objetivo, mas, claro, sem causar transtorno público sobre o tema.”


Fonte: Revista Você S/A

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Menos é Mais: uma nova abordagem na contramão do consumismo intelectual

O ser humano é referencial, vive comparando a si mesmo e onde está com o outro, o que explica grande parte de sua insatisfação constante. Somada esta característica ao capitalismo que nos torna instrumentos do jogo de mercado, percebe-se na sociedade atual uma crescente valorização do “mais”: mais rico, mais bonito, mais inteligente, mais rápido, mais bem sucedido; uma lista interminável. Porém o mais irracional é que buscar ser “mais” em tudo, nos distancia do mais importante: a real satisfação de vida.
Na sua necessidade constante de aperfeiçoamento, uma das buscas mais constantes do homem contemporâneo é a de informações, através de cursos, livros, artigos e conversas. Conceitualmente, informações são dados com significado, e apenas rotinas operacionais podem ser tomadas a partir das mesmas, o que um computador com capacidade de processamento pode dar conta. Por outro lado, as competências são conjuntos de conhecimentos, habilidades e atitudes trabalhados a partir do processamento destas informações. O que nos diferencia das máquinas é a capacidade de tomar decisões criativas, lidar com a intuição, com as experiências anteriores, e felizmente (ainda) as máquinas não podem substituir o homem.
O grande risco no mundo moderno é nos tornarmos um poço de informações, mas um deserto de competências. Seja nas vivências pessoais ou profissionais, resultados concretos são resultado da aplicação de competências, e não apenas do acúmulo de dados e informações. Prova disso é que em alguns temas, especialmente em conteúdos mais filosóficos, é comum falarmos para nós mesmos: “Eu já passei por isso uma vez, por que errei novamente na mesma situação?”
O fato é que, na verdade, nunca soubemos completamente: ou sabíamos em um nível mais primário, ou apenas tínhamos nos informado, possivelmente em alguma das mil leituras dinâmicas que fazemos diariamente. Os autores Nonaka e Takeuchi, em sua renomada obra Criação do conhecimento na empresa (1997), definem o conceito da “espiral do conhecimento”, segundo a qual o conhecimento avança num processo de conversão do conhecimento do dia-a-dia (tácito) em conhecimento articulado (explícito) e então internalizado (novamente tácito), tornando-se então base do conhecimento de cada indivíduo. A evolução na espiral é contínua, porém em patamares de maturidade cada vez mais elevados, ampliando assim a aplicação do conhecimento em outras áreas.
Sendo assim, é uma ilusão acharmos que seremos competentes em tudo sobre o qual colecionamos informações. Se isto fosse verdade, os taxistas seriam as pessoas mais sábias do mundo, pois estão diariamente recebendo informações de todas as formas. Conhecimento é proveniente de informações processadas, aplicadas e comparadas. Por isso defendo que, mais importante do que buscar continuamente mais e mais informações, é preciso aplicar o que já sabemos.
Esta premissa parece ir contra as dicas dos mais conceituados consultores de carreira, que defendem o aprendizado contínuo, o desaprender constante e a criativa associação de conceitos. Mas entendo que até para aprender continuamente deve haver um equilíbrio entre crescimento e conforto. Sistemas precisam dos dois estágios para a sua sustentabilidade, e a miopia do aprender continuamente pode levar pessoas e empresas a um estresse que impede a real conversão de informação em conhecimento e sabedoria.
A disciplina de transformar informação em conhecimento, e aplicar o que já se sabe, será uma competência cada vez mais fundamental para pessoas e profissionais equilibrados. Analise os insucessos que vem tendo na sua vida, e perceba se já não se informou anteriormente a respeito deste tema. E aí, você está aplicando o que “aprendeu”? Decidiu aprender de verdade? O ser humano só muda realmente quando se cansa da situação de desconforto, e este é um passo fundamental para a aquisição do conhecimento: o querer de verdade, o acreditar, o bancar a mudança. Conhecer é deixar de ignorar a verdade, e por isso, mudar.
Espero que este artigo não seja mais um no rol de “portas abertas” que dissipam sua energia. Por isso lhe convido a refletir: o que você quer mudar na sua Vida? Do que você precisa se cansar para realmente querer mudar? Será que está aplicando aquilo que já sabe, ou prefere buscar a satisfação no vício do desconhecido? Simplifique a sua vida, busque o autoconhecimento, encontre um foco no “agora” para você desenvolver e oriente a aplicação do que já é e possui: uma coleção de riquezas, diferente de todas as outras coleções no mundo, e justamente por isso, abundante.
Fonte: Revista HSM

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Disciplina: uma competência que pode ser desenvolvida!


Jean Michel ainda não tinha completado 20 anos, era um soldado do Exército francês no inverno de 1796, e foi em plena campanha de conquista da Áustria que ele viveu um momento que mudou seu modo de ver a vida. Tinha atravessado a noite fazendo vigia em um dos flancos do acampamento e sentia que o cansaço de suas pernas só não era mais desesperador que seus pés congelados, e que o peso do fuzil parecia ter-se multiplicado durante a noite. Felizmente logo seria substituído, e foi exatamente nisso que Jean Michel pensou quando percebeu um movimento bem atrás de si. Virou-se esperando o soldado que o renderia, mas a pessoa que ele viu fez com que o frio de seus pés passasse para seu coração, instantaneamente.

Napoleão Bonaparte em pessoa caminhava sozinho em sua direção com passos firmes. E o general fez-lhe perguntas que ele poderia esperar de um sargento, ou no máximo de um capitão, jamais do comandante supremo do poderoso Exército francês que estava mudando a fisionomia da Europa. Ele, até então, não sabia que Napoleão se contentava com poucas horas de sono e que, muito cedo, costumava caminhar pelo acampamento, às vezes surpreendendo seus oficiais.

Mas foi no fim da visita do chefe que Jean Michel – que agora tremia de emoção mais que de frio –, teve um momento de coragem e atreveuse a dirigir a palavra a seu comandante supremo:
– Meu general, posso lhe fazer uma pergunta?
Napoleão, um pouco surpreso, assentiu com a cabeça.
– Desculpe minha insolência, mas tenho necessidade de saber uma coisa: que qualidade eu preciso desenvolver para me transformar em um grande general algum dia?
O comandante tardou um instante para assimilar a pergunta, depois sorriu levemente e então disse:
– Se você me pede para que eu indique apenas uma qualidade, aquela que poderá algum dia transformá-lo, não só em um grande general, mas em um grande homem, então eu vou lhe dizer, meu jovem. Você precisa desenvolver aquela a partir da qual todas as outras virtudes virão: você precisa ser disciplinado. Só assim você se valerá bem do tempo, nosso bem mais precioso. Quanto a mim, pode ser que, no futuro, eu perca uma batalha, mas jamais perderei um minuto.

Uma (boa) qualidade

Napoleão Bonaparte acabou sendo derrotado pela sua enorme ambição, mas seu legado de estrategista militar e de homem determinado ainda permanece no imaginário universal. A disciplina era uma de suas forças, e ele era o primeiro a admitir isso, além de procurar incutir essa qualidade em todos os que ele liderava. Acreditava, portanto, que disciplina é algo que se desenvolve.

Hoje, a psicologia dá razão ao corso. Na prática, disciplina é considerada uma qualidade de comportamento, portanto, algo que pode ser modificado a partir da decisão e da persistência firme de cada um de nós.

De acordo com o conceito clássico, disciplina é um regime de ordem. Em outras palavras, é um sistema onde os acontecimentos se processam como previamente determinado. Quando a disciplina está presente, aquilo que foi proposto será executado, não há dúvidas quanto a isso.

As famosas resoluções de ano novo, por exemplo, costumam frustrar seus idealizadores por dois motivos principais. O primeiro é que elas não são, de fato, colocadas na lista de prioridades. Ficam no campo das probabilidades, e aí, para serem realizadas, dependem de que não surjam, ao longo do ano que se inicia, outras necessidades com maior premência. Se “emagrecer” não for prioridade, “trabalhar” será. Como não podemos não trabalhar, a resolução de emagrecer fica em segundo plano, enquanto a pessoa não perceber que pode ter mais de uma prioridade, desde que saiba organizar seu tempo. E isso nos remete ao segundo grande motivo das frustrações.

O segundo motivo é a indisciplina. Essa é a grande mãe do fracasso. O medo é o pai. E o fracasso tem também uma madrinha: a ignorância, em seu sentido amplo. E um padrinho: o planejamento mal feito. Mas, acredite, a indisciplina é a causa mais cruel, pois não perdoa nunca. Coragem, conhecimento e planejamento são importantíssimos para o sucesso de uma empreitada, mas ficam impotentes sem a companhia da disciplina.

Aristóteles, em seu livro Ética a Nicômaco, insistia na disciplina como uma qualidade da alma; o poder que permite ao homem diferenciar-se dos animais, pois significa a vitória da razão, a única possibilidade de uma pessoa realizar seus sonhos. Sem a disciplina e a determinação, qualquer sonho não passará de devaneio. O filósofo dizia que a “virtude moral é resultado do hábito”. Somos o que repetidamente fazemos, forjamos o caráter nas atividades diárias, e estas construirão nosso destino.

Mas cuidado. O regime de ordem citado acima pode ser de dois tipos: imposto ou livremente consentido. Se for imposto, só vai funcionar mediante controle permanente, como acontece com o professor que impõe disciplina na sala de aula e é temido pelos alunos; ou o pai que não admite desobediência de seus filhos, muito menos discussão sobre suas ordens e determinações. Tal pai conquista o respeito pela força, mas corre o risco de perder o amor de seus filhos. A disciplina imposta só funciona por curtos espaços de tempo e é útil em situações de crise, perigo, dificuldade ou urgência. Não serve para tarefas em longo prazo, como é o caso dos projetos pessoais de vida.

Já o regime de ordem que é livremente consentido tem outra força, outro poder. Sustenta-se no tempo e não depende de controle, no máximo de um reforço. Resoluções pessoais só podem funcionar assim. O que você decide para sua vida não pode depender de outro, pois a decisão foi sua, e não do outro. A participação de outros na execução de suas resoluções pode, isso sim, funcionar como uma parceria, e as parcerias são boas porque catalisam os processos. Encontrar um companheiro para praticar esporte, ou solicitar à sua mulher que lhe pergunte, de tempos em tempos, como está indo aquele projeto, são reforços estratégicos muito úteis. Mas o controle continua sendo seu, pois nada lhe foi imposto no sonho – nem está sendo agora, na execução.

Você decide, e deve fazê-lo por livre consenso estabelecido entre seus sonhos e suas potencialidades. Tudo aconteceu dentro de sua cabeça, sem imposição, mando ou determinação de quem quer que seja. Quando é você que decide, está exercendo seu livre-arbítrio. Quando realiza com disciplina, está fazendo valer sua vontade. O disciplinado sem livre-arbítrio é um escravo competente. Um livre-pensador indisciplinado é um boêmio inconseqüente.
Aliados e inimigos
A disciplina, é necessário reconhecer, tem lá seus inimigos. Vejo dois: a indolência e a dúvida. A indolência é o diabinho que sussurra em nosso ouvido coisas como: “Deixa para depois!”; “Fique mais um pouquinho na cama, o que é que há de mal nisso?”; “Não se preocupe, se você ficar bem quietinho, a vontade de trabalhar passa!”; “Ninguém faz, por que logo você deveria fazer?” E por aí vai. O repertório de convencimento do capetinha da indolência é quase infinito. Cuidado com ele!

Quanto à dúvida, bem, essa tem causas mais profundas, pertence ao misterioso mundo do autoconhecimento. Cuidado, pois resoluções pessoais não podem dar espaço para as dúvidas. Se você pretende plantar um jardim, não pode duvidar de seu apreço pelas flores. Se uma resolução é fraca, será dominada pela dúvida, e esta vem acompanhada da acomodação, do desânimo e da desesperança. Eta turminha da pesada! Mas não se esqueça de que esses três só entram na festa se forem convidados pela dúvida. Portanto, não crie, em sua cabeça, projetos em que você não acredita, objetivos definidos por outros, sonhos mal sonhados. Todos eles abrem espaço para a dúvida, e esta arruma a cama da indisciplina, em que ela dormirá o sono letárgico de uma vida sem sentido.

A idéia da disciplina carrega consigo um arsenal de meios que poderiam ser entendidos como outras resoluções. Mas não, elas são um só conjunto, uma só decisão, compartimentada, mas única. E a noção da disciplina é a mais abrangente – a ave sob cujas asas se acomodam os componentes da esperança com base, do sonho com certeza, do amor compartilhado.

Em latim, disciplina significa ensino, por isso usamos essa palavra também para designar áreas do conhecimento. Matemática, história, biologia são exemplos de disciplinas escolares. Há, portanto, uma conexão entre a disciplina e o aprendizado. Aliás, a palavra disciplina tem a mesma origem da palavra discípulo. O mestre disciplina um jovem para que ele aprenda, se desenvolva, torne-se autônomo e produtivo. O jovem que o mestre disciplina é, portanto, seu discípulo.

No sentido pessoal, a disciplina aumenta nossa capacidade de aprender e, a partir disso, realizar. Quem se disciplina torna-se, ao mesmo tempo, mestre e discípulo. Aprendem, produzem, criam, alcançam os resultados com que sonham. E, o mais importante, são mais livres. A disciplina não aprisiona, liberta você da pressão externa e do sofrimento que vem dos sonhos não realizados, das frustrações autoprovocadas, da miséria da desesperança. Aliás, Renato Russo nos disse que “disciplina é liberdade”. Pois é. Do filósofo grego ao imperador francês, encontramos a idéia de que uma mente livre é uma mente disciplinada. Porque as pessoas disciplinadas são mestras de si mesmas.


Fonte: Artigo de Eugenio Mussak na Revista Vida Simples

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Criando ambiente para a inovação


Um dos grandes mitos da inovação é aquele que afirma que idéias inovadoras são produzidas por indivíduos intuitivos ou por pequenos grupos de criação, que trabalham em completo isolamento. A verdade é que, independentemente de grandes nomes como Thomas Edison ou Steve Jobs, a maior parte dos criadores de inovações desenvolveu suas idéias através de uma rica e diversa interação com comunidades de pessoas.
A cultura das pequenas novas empresas do “mãos à obra” fornece um fértil campo para a inovação. Já os líderes de grandes corporações precisam determinar o ambiente apropriado para o processo inovador se manifestar. Seguem aqui quatro maneiras para lançar fagulhas e conexões para isso ocorrer:

1 - Reformule a estrutura organizacional

Por décadas, a estrutura organizacional das empresas tem forçado a inovação a existir dentro de um silo isolado (e.g. área de P&D) onde ela não é capaz de envolver nem “infectar” o resto da corporação. Tornar a inovação uma competência corporativa demanda novas estruturas que ativamente encorajem a interação além das fronteiras formais existentes e que distribua a responsabilidade e o expertise por toda a empresa. Algumas perguntas que os líderes devem fazer a si próprios, dentro desse contexto, listamos a seguir:


  • Possuímos uma infra-estrutura para a inovação, que difunda a responsabilidade através de cada nível hierárquico e envolva todos os indivíduos da empresa ou nossa estrutura organizacional continua a tratar a inovação como algo de responsabilidade exclusiva de departamentos ou grupos específicos?
  • Que ações minha empresa tomou no ano passado para encorajar grupos, anteriormente isolados, a trocar idéias e competências?
  • O que estamos fazendo para facilitar a comunicação direta, face a face, na organização, em vez de utilizarmos a tradicional comunicação que segue o fluxo hierárquico?

2 – Crie um ambiente receptivo a idéias

Em muitas empresas, novas idéias são produzidas em pequena escala por causa da repressão imposta pelo clima organizacional, que desencoraja mudanças e exige conformidade com os padrões. Corporações que realmente almejam a inovação têm de criar uma cultura onde qualquer um pode manifestar uma idéia e, caso ela seja interessante, obter acesso rápido e fácil ao capital financeiro e humano para levá-la adiante. As perguntas a serem feitas nesse item são:


  • Os gestores realmente acreditam, de maneira profunda, que empregados “comuns” podem ser uma fonte extraordinária de inovações?
  • Minha empresa está construindo uma “democracia da inovação”, onde as idéias realmente podem vir de qualquer indivíduo, tanto de dentro como de fora da organização?
  • O que temos feito para comunicar – tanto em palavras como oficialmente – que é esperado que todos na empresa inovem?
  • Se uma pessoa ou grupo trouxer uma idéia, quão fácil ou difícil é obter acesso ao investimento necessário para concretizá-la e ao suporte da alta gestão?
  • O que temos feito nos últimos 12 meses para aproveitar a imaginação, o know-how e os recursos de pessoas de fora da empresa?

3 – Utilize a web para guiar a imaginação

Normalmente, a infra-estrutura corporativa de TI acaba sendo um campo extremamente estéril que não faz nada a não ser propagar o conhecimento simples e explícito. As empresas precisam aprender a utilizar a tecnologia da informação como um sistema operacional global para a inovação, estimulando assim milhares de pessoas da organização e outras milhares fora dela – em um diálogo global, ininterrupto e focado no tema. Perguntas a serem feitas nesse cenário:


  • Minha empresa criou algum fórum de discussão de idéias focado em inovação, para ser utilizado por toda corporação?
  • Utilizamos nossa infra-estrutura de TI para distribuir a responsabilidade da geração de novas idéias pela organização e além dos portões dela?
  • Nossa intranet inspira as pessoas a alongar suas reflexões e mostra como iniciar um projeto inovador?
  • Podemos descrever nossa intranet como um mercado eletrônico de idéias, capital e talento?
  • Nossos colaboradores estão conectados com a rica comunidade de experts internos e externos, que podem rapidamente ajudá-los a vencer os desafios da inovação?
  • Fazemos uso adequado das oportunidades que a web oferece para testar novas idéias no mercado e avaliar feedbacks feitos diretamente pelos clientes?
  • Fazemos uso de nossa infra-estrutura de TI para ajudar a libertar ou reascender oportunidades de projetos que parecem fazer sentido?

4 – Aloque mais tempo para encontros

Empresas que desejam disseminar a inovação devem criar oportunidades para que os empregados interajam, de maneira intensa, com pessoas que trabalham fora das suas unidades, com diferentes tipos de produtos e, idealmente, em outras empresas. Avalie as maneiras de juntar grupos diferentes para trocar idéias face a face, compartilhar percepções e, assim, gerar idéias conjuntamente em um ambiente experimental. A seguir, litamos algumas perguntas a se fazer nesse contexto:

  • Nos últimos 12 meses, todos os funcionários do meu departamento tiveram oportunidade de participar de algum processo organizado de inovação?
  • Com que freqüência minha empresa/departamento/unidade de negócios organiza eventos “face a face” para compartilhamento de conhecimento e concepção de idéias?
  • Quando foi a última vez que convidamos centenas ou mesmo milhares de colaboradores para participar, ao vivo, de conversas sobre inovação ou estratégias futuras, tanto on-line quanto presencialmente?

Fonte: HSM

Brilho dourado

O diferencial competitivo de um atleta recordista em natação e de um executivo generalista!
Se fosse executivo, o nadador brasileiro Thiago Pereira, de 21 anos, seria um daqueles jovens profissionais disputadíssimos no mercado. Ele já é dono de nove recordes sul-americanos e de duas medalhas no Pan-Americano de Santo Domingo. Além desses bons resultados, o atleta tem um diferencial importante: faz bonito em várias frentes. Forte candidato à medalha na modalidade medley, que engloba os estilos de nados borboleta, costas, peito e crawl, ele se classificou para competir em sete provas nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, que começam em julho. Isso demonstra que ele reúne dois perfis do mundo do trabalho: o generalista e o especialista. "Me dedico ao medley porque ele me ajuda a manter o nível em todos os outros", explica Thiago.

No meio corporativo, não é raro encontrar profissionais com esse estilo "dois em um" parecido ao de Thiago."São pessoas que têm capacidade para exercer várias funções, sabem se comunicar em diferentes níveis da organização e liderar equipes", afirma Arthur Diniz, diretor da Crescimentum Consultoria,de São Paulo. O grande desafio para esse grupo é demonstrar na prática que o perfil generalista significa no fundo ser um especialista que deu um passo a mais na sua especialização. O executivo mineiro Fernando Souza Carmo, de 29 anos, é um desses profissionais aptos a enfrentar desafios além do seu campo de especialização, o marketing. "Desde cedo, fiz questão de transitar pelos setores de planejamento, gerenciamento e administração para adquirir uma visão geral do negócio", afirma Fernando, que é gerente-geral da multinacional Ifree, especializada em conteúdo para internet. Ele coordena desde o ano passado toda a operação da empresa na América Latina.

Como o nadador Thiago Pereira, Fernando exercita toda sua versatilidade na posição que ocupa na empresa para superar suas metas, por que não dizer, seus recordes. No comando de cinco funcionários no Brasil e no México, Fernando responde pelas áreas de finanças, recursos humanos, planejamento, marketing, vendas e novos projetos. Para dar conta de tanto trabalho,o executivo tem a seu favor uma característica comum também a esportistas: a determinação para seguir em frente apesar das adversidades. "Também é preciso ter maturidade para administrar as cobranças pessoais e as da empresa", diz. "Sem isso, não tem como alcançar os melhores resultados."
Fonte: Você S/A

Organização para ganhar mais equilíbrio do seu tempo

O correto aproveitamento do tempo não envolve somente planejamentos, mas a própria vida cotidiana como um todo. É com a organização básica praticada no dia-a-dia que adquirimos a habilidade em administrar o aproveitamento do tempo. Quem não tem organização pessoal acaba perdendo muitas oportunidades, desperdiçando recursos em excesso e direcionando esforços para as atividades erradas. O resultado muitas vezes é um estado de esgotamento, falta de motivação e ineficiência em conduzir nossa existência como um todo.

Quantas vezes na nossa vida profissional nós concluímos a jornada diária e temos a sensação de que não produzimos nada do que tínhamos programado? Se buscarmos os motivos pelos quais não produzimos tanto quanto gostaríamos, certamente concluiremos que o principal motivo foi à desordem, ou seja, a dificuldade em lidar com a interferência de fatores externos ou pequenas surpresas como, por exemplo, as solicitações de última hora por parte do chefe ou visitas inesperadas de clientes. Também a falta de planejamento e a má administração do tempo disponível, terminam nos levando a necessitar de mais tempo do que o necessário para realizar as atividades que tínhamos planejado para aquele dia.

Quantas vezes já precisamos de um telefone importante seja de um amigo, familiares ou até de clientes e não lembramos onde o anotamos? Por vezes vivenciamos momentos de angústia, aflição e estresse porque nosso chefe solicitou uma consulta a um relatório importante e não nos lembramos o nome e nem a pasta do computador onde o tínhamos arquivado ou necessitamos do endereço para correspondência de um cliente, mas não lembramos onde deixamos o cartão de visita dele?

Essas ocorrências simples ilustram o fator de desordem pessoal e o impacto dele em nosso rendimento profissional. Para superá-lo necessitamos desenvolver a capacidade de organização, visando manter o nosso negócio, não nos esquecendo que atualmente, no mundo corporativo, a competitividade entre as empresas e pessoas está cada vez mais exacerbada e sobrevive aquele que responde de forma mais rápida e é mais produtivo, ou seja, mais organizado.

Se não somos organizados podemos reverter esse quadro porque a capacidade de organização é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Não existe uma receita pronta, entretanto, é imprescindível ter disciplina e determinação para adquirir tal competência.

O primeiro passo é conscientizar-se do significado da capacidade de organização, ou seja, um conjunto de hábitos e métodos que influenciam diretamente no desempenho profissional e na vida pessoal. Pessoas que têm o dom nato da organização geralmente alcançam seus objetivos, concluindo seus projetos com qualidade e dentro dos prazos estipulados porque a base de dados e informações de que necessita estão sempre disponíveis e acessíveis, já que seus arquivos estão sempre em ordem, suas pastas identificadas e as agendas telefônicas atualizadas.

É importante salientar que uma pessoa organizada não significa o mesmo que ser metódica, que geralmente é caracterizada pela rigidez e inflexibilidade. Para ser organizado é preciso ser flexível, fator efetivo na auto-organização, e é a partir dele que conseguimos lidar com as interferências externas em nossas vidas, nos adaptando e atuando de forma mais coerente possível frente às adversidades.
Fonte: Você com mais tempo.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Coaching aumenta a produtividade em 90%

Uma pesquisa mostra que o coaching — processo definido em comum acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente), segundo a meta desejada pelo cliente —, aumenta a produtividade de 90% dos executivos que se submeteram ao programa, segundo a psicóloga e diretora da divisão coaching da empresa Korum Transição de Carreira, Sueli Milaré. O estudo foi apresentado como tese na PUC-Campinas, no Programa de Pós-Graduação do Centro de Ciências da Vida, da Faculdade de Psicologia, com base nos dados do relato de dez profissionais de oito diferentes empresas.
Ela diz ainda que 70% evoluíram positivamente na capacidade de relacionar-se e 80% melhoraram em relação à prontidão para mudanças. “Vale dizer que todos indicaram, no início do programa, disponibilidade para mudar o comportamento, sendo que foi constatado, durante o coaching, que apenas 20% estavam realmente com prontidão adequada para absorver mudanças em suas organizações”, afirma Sueli.
O recomendado é que o profissional se submeta a um programa de coaching sempre que estiver percebendo que não está conseguindo sair sozinho de situações profissionais difíceis. Normalmente, o executivo que faz um bom programa de coaching aprende ferramentas que irão auxiliar a não se tornar dependente do programa. A duração mínima do programa de coaching depende do propósito e da facilidade que o profissional tem para se adaptar às novas situações. “Um profissional com bons recursos para adaptação terá maior rapidez. Já desenvolvi programas que atingiu o objetivo em doze horas de atendimento”, explica a psicóloga.
As principais áreas comportamentais trabalhadas no coaching envolvem as relações interpessoais e principalmente intrapessoal. “Mesmo que não se trabalhe diretamente a auto-estima e o autocontrole, estes fatores são otimizados durante o processo”, diz a psicóloga. O método desperta algumas habilidades nos profissionais que se submeteram ao programa, graças aos retornos de múltiplas fontes e da potencialização de sua autopercepção.
Sueli avalia que a prontidão para mudanças está relacionada ao exercício de quebra de paradigmas estabelecidos, além da oportunidade de experimentar novas respostas diante de problemas similares, o que ajuda a elevar a disponibilidade para alterações. Portanto, recomenda a psicóloga, hábitos de conduta que trazem conflitos no ambiente de trabalho precisam ser repensados e alterados, desde que monitorados inicialmente para que não haja uma mudança radical de um extremo ao outro, trazendo um prejuízo ainda maior.
Durante a pesquisa para sua tese de pós-graduação, Sueli identificou que a metade dos executivos analisados apresentou perfil específico: ação voltada apenas ao resultado, forte ansiedade em sua obtenção e baixa competência de liderança. Por outro lado, os profissionais apontaram a falta de retorno e de reconhecimento por parte de seus superiores como causas dos déficits de desempenho. Segundo Sueli, “certos perfis podem ser considerados como mais prováveis de enfrentar problemas e, adicionados às condições de gerenciamento a que o executivo está submetido em seu ambiente de trabalho, poderão gerar desempenho inadequado".
Para a psicóloga, a indicação de coaching aos executivos, pelas empresas, deve-se, principalmente, à falta de compreensão dos superiores quanto às percepções e expectativas que o participante tem da organização. E, por outro lado, pela falta de percepção do próprio participante sobre a necessidade de adequar suas atitudes às exigências deste ambiente. Ela acredita que o coaching proporciona, além do que se estabelece como meta do programa, o aumento da autoconfiança, clareza das expectativas de desempenho e aquisição de flexibilidade.
MOTIVAÇÃO
O consultor em comportamento e desenvolvimento organizacional, Paulo Lot Jr, define motivação como as ações que ocorrem de maneira espontânea. São os resultados de forças impulsoras internas. “Para que a motivação não desapareça no ambiente de trabalho, é necessário fazer com que as pessoas continuem vendo sentido em tudo que estão fazendo”, aconselha.
Os colaboradores devem ter objetivos claros a serem atingidos, sendo extremamente desmotivador para um colaborador determinar objetivos que nunca conseguirá atingir. O resultado será uma grande frustração e ansiedade que prejudicarão a sua performance, analisa Lot Jr. Ele defende que a motivação deve ser constantemente expressada por meio de atitudes simples, como reconhecer o trabalho do colaborador, elogiá-lo em público por uma performance excelente em ocasiões especiais: festa da empresa, por exemplo. E atribuir maiores responsabilidades no desempenho das funções. Outra medida é promover o desenvolvimento da carreira, porque se o colaborador souber que tem perspectivas de desenvolvimento na carreira, atrelados aos resultados da sua performance, ele se sentirá mais motivado para desempenhar suas atividades.
Fonte: Gazeta de Piracicaba

terça-feira, 1 de julho de 2008

Leitura e diversão ajudam a preservar memória

Ter boa memória não é apenas sinônimo de guardar na mente uma série de palavras ou números para se dar bem em um teste. A memória é fundamental para a preservação da vida. É por meio dela que se aprendem processos, que vão desde exercícios físicos até contas matemáticas, e se guardam momentos importantes, como um casamento ou uma grande perda.

"O nosso cérebro deleta as informações que não são importantes. Por exemplo, você pode se lembrar do que almoçou hoje, mas, a menos que tenha havido um evento interessante, não vai se lembrar do que comeu na semana passada. Isso porque é a emoção que sedimenta a memória de longo prazo", explica Cícero Galli Coimbra, professor do departamento de neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

O problema é que, com o passar dos anos, a velocidade do processamento das informações diminui. E, se o cérebro deixa de ser estimulado, a pessoa passa a ter lapsos de memória. Por isso, o idoso está mais sujeito a falhas de memória. Consequentemente, aumenta o risco de desenvolvimento de doenças degenerativas, como o Alzheimer.

"Um bom exemplo é comparar um idoso ativo, que procura ter atividades intelectuais, e um analfabeto. A probabilidade de o segundo ter uma doença desse tipo é bem maior", afirma Valéria Santoro Bahia, neurologista do Hospital Samaritano.

Assim, o melhor a fazer para manter os neurônios bem acordados é não deixar de estimulá-los sempre. "Para um adulto saudável, a melhor opção para manter a saúde da memória é sempre aprender coisas novas e ter atividades intelectuais, como jogos e artesanato. A leitura é uma das atividades mais completas, pois trabalha os quatro estágios de memória. Quando a pessoa lê, lida com a memória recente, a linguagem e a atenção e ainda relaciona os fatos a experiências passadas", observa Camila Prade, neuropsicóloga do Hospital Albert Einstein.

Palavras cruzadas

Até tarefas mais fáceis podem dar uma mãozinha ao cérebro. "Quem gosta pode fazer palavras cruzadas ou brincar com quebra-cabeças. Contar o dia-a-dia em um diário e ouvir músicas antigas, que fazem lembrar de momentos passados, também são bons exercícios", diz Lourdes Brunini, psicóloga e diretora da Facis (Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo).

Um dos fatores que bloqueiam a produção de novas células pelo cérebro e, consequentemente, afeta a memória é a depressão. "Não se sabe exatamente por que, mas o estresse emocional tem esse efeito no cérebro. A solução é sempre agir com serenidade diante dos problemas e tentar fazer uma coisa de cada vez", afirma Coimbra.

Portanto, não há motivo para pânico. Se você sofre de lapsos de memória como se dirigir a um armário e esquecer o que pretendia buscar, mas se lembra e repete a ação, não há problema nenhum. Isso ocorre porque, com muitas coisas na cabeça, a atenção é desviada. "A pessoa deve procurar o médico se perceber que os lapsos se repetem de maneira consistente, como a mesma pergunta feita em intervalos muito curtos", pontua o neurologista.
Fonte: Folha OnLine